Aratasauros museunacionali um gigante caririense pré-histórico

Aratasauros museunacionali um gigante caririense pré-histórico

   O Aratasaurus museunacionali, apresentado esse ano a comunidade científica por paleontólogos da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Universidade Regional do Cariri (URCA) e do Museu Nacional (UFRJ) foi encontrado no ano de 2008 na Região Nordeste, mais precisamente entre as cidades caririenses de Santana do Cariri e Nova Olinda na mina Pedra Branca, região que compõe a formação geológica Romualdo, bastante conhecida por sua incidência de fósseis de peixes, troncos de árvores, crustáceos e tartarugas, desde então o mesmo se encontrava nas dependências do Museu Nacional, atingido em 2018 por um trágico incêndio, mas que felizmente não atingiu esse sobrevivente.

(ilustração de como seria o Aratasaurus museunacionali e o ambiente em que ele vivia - divulgação Museu Nacional (UFRJ)

      Esse exemplar viveu aproximadamente entre 115 e 110 milhões de anos na região, tendo que viver em um ambiente árido e representa uma importante descoberta científica pelo fato de seus parentes mais próximos, como e o caso do Velociraptor mongoliensis e o Tyrannossaurus rex, serem encontrados apenas em outras partes do planeta e não no Brasil, isso mostra como as espécies de dinossauro estavam mais distribuídas pelo planeta do que nós imaginávamos.


(árvore familiar do Aratasaurus)

      Nosso mais novo dinossauro brasileiro trata-se de um jovem ainda, o fóssil encontrado ainda não estava completamente amadurecido, ou seja, se esse espécime já possui 3,12 metros e chegava a cerca de 34 kg ainda jovem, como será que seria essa espécie na sua forma adulta? Trata-se de um dinossauro carnívoro que viveu no Cretáceo Inferior e que como fragmentos encontrados juntos com esse espécime nos mostra o mesmo passou por incêndios comuns a esse período.

(reconstituição para apresentação do Aratasauros)

      Apenas o membro posterior direito (pata traseira direita) desse espécime foi encontrado por um morador da região que posteriormente passou para as mãos do ex-diretor e fundador do Museu de Santana do Cariri, já falecido, Dr. Plácido Cidade Nuvens. Como já dito os parentes dessa espécie viveram fora do Brasil, como é o exemplo de seu parente mais próximo o Zoulong sallei que viveu a cerca de 160 milhões em Xinjiang na China.

(parte fossilizada do Aratassauro encontrada)

      Curiosamente o Aratasaurus não tem proximidade com outras espécies de dinossauros encontrado na Formação Romualdo da Bacia do Araripe como os famosos Angaturama limai (Irritator challengei) e o Santanaraptor placidus e o menos conhecido Mirischia asymmestrica.



(ilustração Angaturama limai (Irritator challenge))

Restauração hipotética da espécie.
proposição de reconstituição do Mirischia asya

Reconstituição do esqueleto.
(reconstituição Sanatanaraptor placidus)

      O fóssil é propriedade do Museu de Paleontologia Plácido Cidade Nuvens e estava emprestado a paleontólogos do Museu Nacional (UFRJ) para análises e estudos mais aprofundados e ficará em exposição nas dependências do mesmo, por ter sobrevivido ao incêndio de 2008 do Museu na hora de batizar a espécie os pesquisadores resolveram homenagear esse fato dando-lhe o nome Aratasaurus que surge da junção das palavras em Tupi "ara" nascido e "atá" fogo, significando assim "Nascido do Fogo", uma homenagem mais que apropriada e museunacionali refere-se a instituição científica mais antiga do país fundada em 1818.

      O estudo é de autoria de Juliana M. Sayão, Antônio Á F. Saraiva, Arthur S. Brum, Renan A. M. Bantim, Rafael C. L. P. de Andrade, Xing Cheng, Flaviana J. de Lima, Helder de Paula Silva e Alexandre W. A. Keller e foi publicada na revista  Scientific Reports do grupo Nature.

Fonte das imagens e informações:
http://museudepaleontologiaplacidocidadenuvens.urca.br/index.php/2020/07/10/aratasaurus-museunacionali-um-novo-dinossauro-do-brasil/
https://www.youtube.com/watch?v=4A6Eh37XLLQ
https://www.instagram.com/p/CCedCX3hKe8/
https://www.instagram.com/p/CCedCX3hKe8/

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